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Em aceno a representantes do setor durante evento da CNI, presidente da República disse que a pasta seria comandada por ministro indicado pelo própria indústria

O presidente Jair Bolsonaro disse na quarta-feira (29) que, se for reeleito, vai recriar o Ministério da Indústria. O chefe do Executivo também afirmou que os representantes do próprio setor seriam os responsáveis por indicar o futuro ministro. A declaração foi feita durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ocorreu em Brasília. 

 “Pretendemos, conforme sugerido na Fiemg [Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais], em havendo reeleição, recriar [o Ministério da] Indústria e Comércio, cujo ministro seria indicado pelos senhores para ter liberdade para trabalhar”, garantiu. 

O presidente da República pontuou que, durante o seu mandato, o governo adotou medidas para promover a reindustrialização do país, como a redução de até 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Bolsonaro também destacou a dificuldade do país em aprovar a reforma tributária, uma das medidas defendidas pela indústria para desonerar o setor e aumentar a competitividade no mercado internacional. 

"Passei 28 anos dentro da Câmara. É uma dificuldade enorme de evoluir nesse tipo de proposta. Então, em vez de ir no atacado, a gente vai no varejo”, disse em referência à diminuição do IPI. 

Além de recriar o Ministério da Indústria, Bolsonaro defendeu o investimento em fontes alternativas de energia, como a eólica offshore, no litoral do Nordeste, para baratear o custo dessa que é uma das matérias-primas mais importantes para a indústria. 

“Não se pode falar em industrialização sem energia. E o importante: a energia tem que estar perto do local onde você vai montar as suas indústrias. Com energia, boas pessoas e bom ministério, a cabeça dos senhores e das senhoras, o Brasil tem tudo para crescer muito”, declarou. 

Meio ambiente

O presidente da República também disse que há, de fato, problemas como desmatamento e garimpo ilegais na Amazônia, mas que não na proporção veiculada. Ele pontuou que o Brasil é exemplo quando o assunto é preservação do meio ambiente e que o país deve aproveitar a sua biodiversidade e recursos naturais para se desenvolver de forma sustentável. 

“O Brasil preserva dois terços da sua área. Existe coisa, sim. Nós fazemos o possível, mas não queira que se faça milagre, que venhamos controlar uma área equivalente à Europa Ocidente. E o que tenho orientado aos demais ministros é que temos que agregar valor àquilo que Deus nos deu, em especial na questão mineral”, defendeu. 

Discurso

Assim como a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), pré-candidatos à presidência da República, Bolsonaro teve 25 minutos para defender as suas propostas de governo, caso seja eleito novamente presidente do Brasil. 

O chefe do Executivo usou o período para defender as ações do governo durante o primeiro mandato, como a aprovação dos marcos legais do saneamento básico e das startups, da lei de liberdade econômica e a "maior abertura comercial do Brasil nos últimos 30 anos”, por exemplo. 

“A gente vai continuar fazendo aquilo que começamos desde 2019. Somente o estudo avançado do ingresso do Brasil na OCDE é sinal de que o Brasil é bem visto globalmente. O acordo Mercosul e União Europeia, depois de 20 anos, foi dado o sinal verde”, lembrou. 

Evento

O evento “Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República” foi promovido pela CNI nesta quarta-feira (29). Diante de mais de 1,2 mil empresários, Simone Tebet, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro defenderam suas propostas de governo. 

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou a importância do evento. “Nosso objetivo é contribuir para aprofundar o debate eleitoral e a consolidação de um país mais próspero, que ofereça oportunidades de trabalho e renda para todos os brasileiros”. 

Katrine Tokarski Boaventura/Brasil 61

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