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Filhos e filhas,

Começo louvando e agradecendo a Deus pelo IX Retiro Nacional. Certamente, muitas libertações aconteceram e com certeza ainda veremos os frutos do evento. Agradeço a todos que fizeram uma prece para que tudo ocorresse da melhor forma. Que Deus os recompense.

Já estamos na 3ª Semana da Quaresma. Sempre é bom lembrar, pois em plena Pandemia, muitos estão fisicamente longe da comunidade e, às vezes, é um pouco complicado viver plenamente esse tempo de perdão e misericórdia.

Devemos lembrar que somos constantemente perdoados por Deus, pois Ele nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por Deus, devemos também perdoar. Mas qual a medida do perdão?

Pedro chega para Jesus e faz essa pergunta: Senhor, quantas vezes devo perdoar? (cf. Mt 18,21). E é impressionante que Pedro faz a pergunta e nem espera, ele mesmo sugere: “Até sete vezes?” (Mt 18,19,21). Como ele foi afobado, sua resposta mostrou que ele não compreendeu o mestre e por isso Jesus disse: “Oh! Pedro! Não sete, mas setenta vezes sete, isto é, sempre!” (cf. Mt 18,22).

É impressionante perceber isso, porque se trata de perdoar muitas vezes a mesma pessoa nos mesmos erros ou nos mesmos equívocos. Isso significa tolerância, isso significa misericórdia. Mas, exige força de vontade e empenho, porque geralmente se trata de pessoas mais próximas.

Primeiramente, porque as atitudes de terceiros não nos causam tanto sofrimento e decepção quanto aquelas de quem queremos bem e, por essa razão, não esperamos receber tratamento hostil ou deliberadamente prejudicial. Em segundo lugar, porque, muitas vezes o perdão exige reconstruir a confiança, a convivência e o próprio relacionamento.

Porém, sem querer ser egoísta ou estimular o egoísmo, ao perdoar não devemos nos preocupar se o outro vai mudar. Não devemos nos preocupar com os efeitos que o nosso perdão vai causar, se vai trazer a pessoa de volta, se vai restaurar a amizade ou se ela também vai nos perdoar.

A reconciliação é uma consequência do perdão que nem sempre acontece. Se o amor para ser vivido precisa ser recíproco, o perdão pode ser unilateral. Não significa que o outro tenha que nos perdoar, significa que nós vamos perdoar, é diferente. O perdão deve ser algo gratuito, unilateral. Não se deve estabelecer condições para o perdão. Deus não age assim conosco, pois por mais egoístas, miseráveis e pecadores que sejamos, Ele nos perdoará sempre.

Somente perdoa quem entendeu o valor do perdão recebido de Deus. Quanto mais uma pessoa vive a experiência desse amor e perdão, maior é a sua capacidade de perdoar.

O perdão cura, liberta e propicia crescimento pessoal e espiritual.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

#JornalUnião

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