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Filhos e filhas,

A fé é um dom gratuito de Deus, oferecido a todos os homens, sem exceção. Chamamos de dons infusos a fé, a esperança e a caridade.

A fé é como uma semente. Quando nascemos, Deus planta em nós a semente da fé e nós nascemos com esta semente. É uma semente em potencial, que ainda não é ato, mas compete a nós darmos condições materiais para que a fé cresça.  Ou seja, a fé é dom de Deus que não nasce separadamente da vontade humana, porque ninguém acredita se não quiser. Também ninguém acredita sem que Deus o permita.

A fé precisa ser estimulada, precisa ser exercitada e para isso, requer algumas atitudes importantes. Podemos tomar como exemplo o dom de tocar violão. A pessoa tem o dom mas precisa treinar, estudar e exercitar.

Para exercitar a fé precisamos ter caridade, pois a fé cresce na prática da caridade. Outro exercício fundamental é a vivência sacramental. Buscar os sacramentos da confissão e da comunhão, mesmo que não tenha vontade e não o faça por sentimento.

Santa Teresa D’Ávila ensinava que quando se tem vontade de ir à missa, vai. Mas, se no domingo seguinte não se tem, não se deve deixar de ir, porque é justamente quando se vai sem ter vontade, que se vai pela fé. É o mesmo com a oração: quando se reza sem vontade, sem prazer, se age pela fé e o valor desta oração é dobrado. Não é uma questão de sentir prazer, sentir vontade, é uma questão de atitude. Não podemos reduzir a fé ao sensacionalismo, ao sentimento de estar com vontade ou não.

E por fim, mas não menos importante, quem deseja exercitar a fé deve realizar com constância a leitura da palavra de Deus. A fé unida a inteligência e a razão voa com maior facilidade. Voltemos ao exemplo do dom da música, se não exercitamos os dedos, a memória auditiva e a habilidade, nós perdemos este dom, pois não o desenvolvemos. Assim também é com a fé.

Gostaria de salientar que Jesus não menciona se há oração fraca ou forte, porém Jesus diz: “Tudo que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21, 22). A fé, dom de Deus, deve crescer a cada dia em nós.

Grande ou pequenina como um grão de mostarda, mas capaz de transportar montanhas (Mt 17, 20), mais preciosa que o ouro segundo São Pedro (1Pd 1, 7) a fé exige uma verdadeira pessoal e intransferível experiência com Jesus Cristo. Pessoal e intransferível porque cada discípulo terá que fazer a sua.

A partir dessa experiência com Jesus Cristo, a fé nos compromete a realizar, momento a momento, o que Deus espera de nós.

 “Fé é acreditar no que você não vê; a recompensa da fé é ver o que você acredita” (Santo Agostinho).

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

#JornalUnião

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