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Caro leitor, você já imaginou se tivesse a oportunidade de entrar em uma máquina do tempo, de modo que ela o levasse diretamente para a cidade de Nazaré, no exato tempo em que Jesus ainda era um jovenzinho e, para completar, você ainda pudesse hospedar-se durante uma semana inteira na benditíssima casa da Família de Nazaré? O que você acha que encontraria lá? Você pode imaginar como seria a rotina dessa casa?

Creio que essas perguntas podem ser respondidas pelo Catecismo da Igreja Católica quando afirma que Jesus viveu a maior parte de Sua vida nas mesmas condições da imensa maioria dos homens, ou seja, Ele experimentou uma vida cotidiana sem grandeza aparente. Ele viveu a Sua fé judaica submetida à Lei de Deus, foi submisso a Seus pais, interagiu com a Sua comunidade e exerceu Sua profissão como qualquer trabalhador de Sua época (cf. CIC 531).

Assim, podemos supor que, ao acompanharmos a Família de Nazaré durante uma semana, veríamos uma família comum que buscava a Deus, que fazia suas refeições nos horários costumeiros, e que descansava depois de um longo dia de trabalho. Em suma, uma vida intensa e normal.

Os ensinamentos de São José Operário

Diante dessa realidade familiar, jamais podemos nos esquecer de que a Sagrada Família de Nazaré podia contar com o braço forte de um pai dedicado e trabalhador. Seu nome era José, e seu ofício diário para sustentar a sua casa era a carpintaria. Inúmeras vezes, Jesus e Maria, decerto, viram José chegar em casa completamente desgastado depois de um dia intenso de labuta. Quantas vezes aquele pai de família, durante o trabalho duro, não se lembrou de sua esposa e de seu filho com carinho e afeto? Muitas, certamente!

Naquele lar tão simples, e ao mesmo tempo tão sagrado, José pôde oferecer ao menino que crescia junto dele o seu amparo paterno, sua educação viril e equilibrada, sua coragem e seu testemunho de fé. Um homem que, em meio às obrigações de pai de família, não se cansava de agradecer e de bradar a Deus com todo o ardor de sua alma. Este mesmo homem simples que recorria à proteção do Deus Único obteve a particularíssima graça de ter o Filho de Deus na Terra chamando-o de pai.

E José realmente foi pai, aliás, um grande e dedicado pai. Além disso, foi esposo, um homem de virtudes e talentos. José ainda foi mestre de Seu filho, que aprendia a sua profissão. Jesus, que ali era discípulo, trabalhava ao lado de José com as ferramentas de Seu amado pai, o mestre carpinteiro. É possível até mesmo recordarmos que Jesus fora chamado, em certa oportunidade, de “o filho do carpinteiro”.

Padroeiro dos Trabalhadores

José era mestre de Jesus não apenas no aspecto profissional, mas, principalmente, em matéria de vida. Foi ele que, muitas vezes, precisou guiar, educar e amparar seu filho enquanto o menino crescia em sabedoria, estatura e graça. José, portanto, apresenta-nos o real e sublime valor do trabalho humano. Tanto que a Igreja Católica considera São José com o celeste Padroeiro dos Trabalhadores e, sob o título de “Operário”, dedicou um dia de sua Liturgia – 1° de maio – para homenagear este grande homem.

Por tudo isso, ensina-nos o Papa São João Paulo II, José é apresentado a todo o povo de Deus como um valoroso modelo de vida, para o qual todos os pais podem e devem olhar nas situações concretas que lhes são impostas pela responsabilidade de se ter uma família. José, sem dúvida, pode ser considerado como o grande modelo de pai, de chefe de família, de trabalhador.

Para concluir, quero animar você a fazer uma breve oração, rogando confiantemente a intercessão de São José em favor de todos os pais e mães de família que, hoje, se encontram em grandes dificuldades, tendo em vista essa dura realidade de pandemia. E, se você puder, não deixe de ajudar uma família que está passando necessidade. Seja você o rosto de José provedor para os que necessitam. Lembre-se de que, em muitos lares, Jesus Menino está faminto de alimento. Confiemo-nos, pois, à sempre vigilante proteção de São José Operário.

São José, valei-nos!

Deus abençoe você. Até a próxima!

Gleidson de Souza Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o “Terço em Família” pela Rádio Canção Nova AM. (Instagram: @cngleidson)

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