“Amigo do peito” traz novo ânimo para vítimas de câncer
O deputado estadual Cobra Repórter apoiou uma ação desenvolvida em parceria com a Oral Sin Cambé, Microlins, Elisangela Scremin, Luciane Torres, Flox, Iron Works e Vita Derm está garantindo uma nova alegria de viver a mulheres carentes que foram vítimas ou estão em tratamento contra o câncer e outras doenças que provocam a queda de pelos.
O projeto “Amigos do Peito”, garantiu a micropigmentação de sobrancelhas e aréolas 32 mulheres que sofreram de câncer e perderam os pelos por conta de outros tipos de doenças na última segunda (3). A ação faz parte do Outubro Rosa e visa, além de melhorar a autoestima das mulheres, chamar a atenção para a prevenção do câncer de mama.
Ao todo 10 profissionais estão doando seu tempo e atenderam as mulheres selecionadas pelo CAPS (Cento de Atenção Psicossocial) e pelo programa Cobra Repórter, na Rádio Cidade AM em Cambé. “São tantas histórias parecidas e o resultado é uma injeção de autoestima a essas mulheres, que não tinham condições de pagar pela micropigmentação de sobrancelhas ou de aréola em mama reconstituída”, afirma Luciane Torres, da Clínica de Estética Uma Linda Mulher.
Algumas histórias e agradecimentos
Ana Carolina de Oliveira, de apenas 19 anos, é quase uma veterana na luta contra o câncer. Com apenas um ano de idade teve câncer de pele e fez a sua primeira cirurgia, até os seis anos foram outras várias. Perdeu o rim esquerdo aos 16 anos por conta dos tratamentos. O médico que a fez essa cirurgia deu a ela o tratamento para recuperar a queda de cabelo, mas os pelos da sobrancelha não nasceram por completo. A mãe, que junto com ela vende salgados em um posto de combustível em Cambé, ouviu o anúncio da campanha na Rádio Cidade e na hora ligou para inscrever a filha, que foi selecionada. “Estou muito feliz. Quando criança eu não sabia por que não tinha os pelos. Quando mocinha não saia de casa. É muito maravilhoso”, disse ela com sorriso largo lembrado que esta não é a primeira vez que é ajudada por Cobra Repórter. “Uma vez não conseguíamos pagar a conta de água e fomos até a rádio e ele pediu doações e conseguimos pagar”.
Elisabete Euzébio, de Londrina, teve câncer e retirou parte da mama esquerda em 2014, ficou um ano em tratamento, fez radioterapia, quimioterapia e medicação via oral. Descobriu o câncer de mama quando cuidava da mãe com a mesma doença. “Foi como pegar um sentença de morte, roubaram um sonho por um tempo. Quando você fica sem cabelos e sobrancelha, as pessoas te olham diferente, como se fosse mutilada e a gente se esconde da sociedade, da família. Era forte com minha mãe, mas não comigo. Mas me espelhei no exemplo de luta dela . Ela venceu e eu também. Tenho três netos que me inspiram. Os grupos de apoio nos ajudam muito e fiquei sabendo desse projeto pelo grupo. É um procedimento muito caro, não tinha condições de pagar. A vida é curta e não poderia perder esta oportunidade”, afirmou.
Marlene Gomes Gouveia, 43 anos, descobriu o câncer de mama em 2014 e teve que retirar toda a mama esquerda. De novembro de 2014 a julho de 2015, fez mais de 16 sessões de quimioterapia e uso de medicamentos orais. Com 15 dias de tratamento, raspou todo o cabelo e assumiu a careca. O cabelo nasceu depois, mas a sobrancelha era toda falhada. “Então surgiu a oportunidade de fazer a micropigmentação, era um sonho, não tinha como não fazer”, afirmou. Marlene está na fila para fazer a reconstituição de mama e acompanha uma irmã também em tratamento contra a doença.
Daniela Pereira de Matos Vieira, de 40 anos, está em tratamento há um ano quando realizou a cirurgia para a retirada da mama esquerda. Descobriu um pequeno nódulo na mama e demorou a levar o resultado ao médico. Precisou retirar toda a mama, mas teve a sorte de ter o implante no mesmo dia. “Por sorte, não estava invadido. Quem passa pelo problema precisa ter força. Fiquei sabendo pela rádio e minha amiga também veio me falar do projeto que poderia fazer a micropigmentação. Melhorou 100%, voltei a ser mulher”, afirmou.
Já a dona Roseli Batista Scaramal, moradora do jardim Santo Amaro em Cambé, ficou sabendo do projeto pelo programa da Maria Luiza, na Rádio Cidade, e também é ouvinte assídua do programa Cobra Repórter. Por conta de problemas hormonais devido à idade, tinha poucos pelos na sobrancelha, fez a micropigmentação. “Adorei, gostei demais, a autoestima já muda muito, e o atendimento é perfeito”, declarou.
Prevenção é a palavra
O deputado estadual Cobra Repórter se disse muito feliz por ter podido ajudar neste projeto, já que resgata a autoestima de mulheres que já sofreram e ainda sofrem com a doença, mas lembra que o melhor remédio é a prevenção.
Meire Bicudo/Asimp
#JornalUniãoLeia também: