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Para amenizar risco à saúde dos pacientes que sofrem de insuficiência renal, técnica de enfermagem desenvolveu um protótipo para as capacitações

A complexidade para treinar os profissionais de saúde em procedimentos de hemodiálise despertou o empreendedorismo na técnica e graduanda de enfermagem, Renata Cândido da Silva. Servidora na prefeitura de Arapongas, região Norte do Paraná, ela desenvolveu um simulador para humanizar e descomplicar a capacitação nesta área.

A inovação da startup, chamada de Projeto Ishá (Eva em hebraico), recebeu propostas de empresas nacionais e internacionais. Com o apoio do Sebrae Paraná, Renata estrutura seu negócio. “O Sebrae veio para me dar a direção no projeto. Estava seguindo uma linha para o negócio e, depois que fui assessorada, tive outra visão”, ressalta.

A solução da startup – uma boneca com mecanismo que simula a corrente sanguínea – partiu de uma dificuldade enfrentada pela técnica de enfermagem ao passar pelo treinamento tradicional, que é realizado durante a própria sessão de hemodiálise.

 “Todos os questionamentos em relação ao procedimento são feitos na frente do paciente, que naturalmente está numa situação delicada e fica inseguro. É difícil para o profissional de saúde e muita exposição de ambas as partes”, esclarece.

A partir daí, Renata conta que teve uma inspiração divina e decidiu se debruçar nos estudos e pesquisas. O primeiro protótipo da solução levou cinco meses para ficar pronto e foi desenvolvido em um manequim de loja. A inovação obteve sucesso em seu primeiro teste e o treinamento dos técnicos e enfermeiros foi reduzido de 90 para 15 dias.

Para transformar a criação em negócio, ela procurou a prefeitura de Arapongas, que indicou o Sebrae. “Fizemos o acolhimento da startup e como a prefeitura tem um contrato com o Sebrae oferecendo horas de consultorias encaminhamos a Renata para participar desse trabalho. Essa é uma das ferramentas que utilizamos para dar suporte aos empreendedores”, destaca o secretário municipal de desenvolvimento, inovação e renda de Arapongas, Nilson Carlos Stefani Violato.

A consultora do Sebrae Paraná, Cinara de Marchi Tozatti, que acompanha a startup desde o início deste ano, destaca que a inovação tem grande potencial. “O projeto diminui o custo do treinamento, o tempo e o sofrimento do paciente. Tanto que as multinacionais se interessaram por enxergar que essa é uma demanda do mundo inteiro”. Cinara diz que Arapongas tem despontado em inovações voltadas ao segmento da saúde. Atualmente são quatro startups com tecnologias para áreas como atendimento e saúde mental.    

Editais

A startup Projeto Ishá precisa de certificações e patentes para entrar no mercado. Para captar recursos, o Sebrae Paraná tem incentivado a empreendedora a participar de editais públicos voltados à inovação. “Estamos ajudando ela a entender esses editais, a ver se o produto se encaixa, a escrever o projeto, mandar a documentação, dando orientação nessa área legal”, explica a consultora. O projeto já está inscrito em dois editais e em um deles houve a aprovação para a segunda fase.

Premiação

O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren) reconheceu a relevância da invenção para o setor da saúde durante a Semana da Enfermagem, realizada em Curitiba, no mês passado. Renata foi premiada na categoria pesquisadora. Com tantas possibilidades, a empreendedora avalia duas propostas: uma parceria com uma empresa internacional de simuladores e outra para a criação de um curso de pós-graduação. “Minha prioridade é montar um instituto de treinamento de hemodiálise. Pretendo montar uma clínica e inserir nas universidade como formação de base”, planeja Renata.  

Asimp/Sebrae Paraná

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