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O secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin, anunciou, na tarde desta quinta-feira (17), que de acordo com os critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que avaliam os casos registrados de dengue no período de agosto de 2015 até agora, Londrina está em situação de epidemia da doença.

Neste período foram registrados 328 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera haver epidemia quando um local registra ao menos 300 casos a cada 100 mil habitantes.

No entanto, o acompanhamento realizado pelo Município, que considera o período de 1º janeiro até 16 de março, não aponta uma epidemia, embora se aproxime dessa situação. De janeiro até agora, foram registrados 267 casos por 100 mil habitantes.

Em algumas regiões da cidade a situação é ainda mais preocupante, pois há locais com incidência acima de 300 casos para cada 100 mil habitantes. É o caso da região oeste, que registra, do início de janeiro até agora, 489 casos por 100 mil habitantes da população local, e da região norte, que aponta 305 casos por 100 mil habitantes, também da população da região.

Para o secretário Gilberto Martin, os índices elevados de dengue constatados se devem também à interrupção do fumacê em Londrina, em meados de fevereiro, porque o Ministério da Saúde cessou o envio do malathion, inseticida utilizado na pulverização. A aplicação do fumacê deverá ser reiniciada até o início da próxima semana.

Martin salientou que existe a possibilidade de haver, nos próximos dias, um aumento no número de caso positivos para o Zika Vírus em função de o Lacen ter iniciado, em fevereiro, um teste chamado Multiplex. Com isso, as amostras de sangue de pacientes passarão por testes para confirmação da dengue, Zika e chikungunya, ao mesmo tempo. Além disso, o laboratório está fazendo testes de amostras de sangues de paciente que deram resultado negativos para a dengue.

Medidas – Para intensificar as ações de combate ao mosquito, uma das medidas anunciadas pelo secretário, a fim de diminuir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que além da dengue transmite doenças como a febre chikungunya e Zika vírus, foi o lançamento da proposta “10 Minutos contra o Aedes”.

A proposta é idealizada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), “10 Minutos contra a Dengue”, inspirados na estratégia de controle do Aedes aegypti adotada em Cingapura, que foi capaz de interromper o pico de epidemia no país com ações semanais da população, dentro de suas residências, de apenas 10 minutos, para limpeza dos principais criadouros do mosquito.

No Município, a ideia é que este controle seja feito todos os dias. A campanha quer atingir toda a população, para que cada londrinense dedique pelo menos 10 minutos por dia para verificar os locais que podem servir de criadouro para o mosquito. Este controle diário deve ser anotado pelo cidadão, em uma tabela, marcando quais locais foram verificados por ele.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Maria Fátima Tomimatsu, que também participou da coletiva de imprensa, o objetivo é alertar a população sobre o cuidado contínuo. “Se cada morador mantiver o hábito, durante todo o ano, de checar os locais que podem servir de criadouros, vamos conseguir diminuir a infestação do mosquito”, disse. “Muitas vezes as pessoas se descuidam no inverno e é neste período que os ovos ficam parados para eclodirem nos períodos mais quentes”, completou.

Várias ações estão sendo feitas em Londrina no combate à dengue, a começar pela contratação de novos agentes de endemias. Atualmente, cerca de 350 agentes visitam diariamente as diversas regiões da cidade. Além disso, há constantes atividades com alunos da rede municipal de ensino e também aplicação de multas a proprietários de imóveis considerados locais críticos e reincidentes de casos de dengue. Além disso, o combate à dengue conta com a colaboração de empresas, instituições e corporações como o Exército Brasileiro, Polícia Militar, Sanepar, Copel, Associação Paranaense de Supermercados (Apras), gerência regional do Banco do Brasil, entre outros.

Números – De acordo com o Boletim Semanal, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, que contém os dados atualizados sobre a dengue em Londrina, de agosto de 2015 até agora, foram registradas 8.184 notificações. Destas, foram confirmados 1.836 casos de dengue.

Do início de janeiro até agora, o Município registrou 4.784 notificações. Destas, 1.467 foram confirmadas, 958 descartadas e 2.359 estão em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais.

Até agora foram registradas 51 notificações de Zika Vírus, 7 casos autóctones confirmados, 11 casos descartados e 33 casos em andamento. Quanto à febre chikungunya foram 8 notificações, das quais 1 caso é importado e 7 casos foram descartados. O Laboratório Central do Estado do Paraná descartou dois casos suspeitos de dengue em Londrina, ocorridos neste ano.

N.Com
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