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Segundo boletim de ontem (5/2) do Ministério da Saúde, casos permanecem sendo monitorados em 4 estados: RJ, RS, SC e SP

O Ministério da Saúde atualizou ontem (5/2) as informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde sobre a situação dos casos suspeitos do novo coronavírus no Brasil. De acordo com o último boletim, com dados até às 13h, o Centro de Operações de Emergência (COE) registrou a diminuição de dois casos suspeitos em relação ao informe do dia anterior. Agora, 11 casos se enquadram na atual definição de caso suspeito para nCoV-2019. O Brasil segue sem casos confirmados.

Os casos suspeitos estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde nos seguintes estados: Rio de Janeiro (1), São Paulo (4), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (5). Até às 13h de ontem, quarta-feira (5/2) o Ministério da Saúde já descartou 21 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo coronavírus, cinco casos a mais do que o boletim divulgado ontem (4/2). Todas as notificações foram recebidas, avaliadas e discutidas com especialistas do Ministério da Saúde, caso a caso, junto com as autoridades de saúde dos estados e municípios.

“Houve aumento importante no número de casos descartados. Conseguimos descartar 5 casos, em relação aos números apresentados ontem. Esses descartes aconteceram justamente por causa do resultado positivo para outros vírus respiratórios. De ontem para hoje tivemos uma notificação a mais no Rio Grande do Sul, que está com 5 casos suspeitos. Os estados do Sul e Sudeste têm mais incidência de casos suspeitos, porque nesta época do ano é quando ocorrem mais casos de gripe”, destacou o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Júlio Croda.

Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza diariamente, os dados na Plataforma IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica. A ação mostra que a pasta tem compromisso com a transparência das informações.

Aquisição de insumos

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, informou, durante a coletiva desta quarta-feira, que o primeiro levantamento de custo e quantitativos de insumos já foi realizado. A estimativa é de investimento de R$ 140 milhões para compra de equipamentos individuais, como luvas, máscaras, óculos de proteção e roupas descartáveis.

“Esse é o recurso que estamos disponibilizando para esses insumos de proteção individual. Existem duas variáveis importantes nessa licitação que podem elevar ou reduzir esse valor porque existe a possibilidade que a escala seja maior e poderemos negociar com o mercado e reduzir o valor. No entanto, há a probabilidade de o mercado estar desabastecido, o que elevaria o custo final”, disse.

O secretário-executivo lembrou que o Projeto de Lei, que tramita pelo Congresso Nacional garante ao Ministério da Saúde a prerrogativa de importação imediata, mesmo sem registro. “Estamos falando de insumos que não têm uma tecnologia avançada, mas os países de origem têm que comprovar boas práticas na produção e controle de qualidade”, concluiu.

Reunião com Secretários de Saúde dos estados e capitais

Nesta quinta-feira (6/2) os secretários de saúde dos Estados e das capitais brasileiras estarão reunidos, em Brasília (DF), com o Ministério da Saúde para debater as ações elaboradas para o enfrentamento ao novo coronavírus.

O Ministério da Saúde solicitou a atualização de planos de contingência aos estados e capitais. Os gestores federais, estaduais e municipais irão discutir os protocolos e medidas de prevenção, de acordo com a realidade de cada localidade.

A implementação de plano de contingência permite a atuação conjunta do Ministério da Saúde, Estados e Municípios, em situações de epidemias e desastres que demandem a ação urgente de medidas de prevenção, com protocolos e procedimentos específicos. O objetivo é conter situações de risco à saúde pública.

A proposta estabelece as medidas e procedimentos que podem ser adotados pelas autoridades em caso de emergência de saúde pública decorrente pelo coronavírus. O Projeto de Lei, do Governo Federal, dispõe, entre outros pontos, sobre o isolamento e quarentena de pessoas que retornarem ao Brasil. Esta é mais uma etapa de preparação do Brasil para a proteção e assistência à população para o vírus que atinge, em especial, a China.

A medida foi enviada pelo Ministério da Saúde ao Congresso Nacional na terça-feira (4/2). A iniciativa foi proposta após a decisão do Governo Federal de repatriar os brasileiros que estão em Wuhan, na China, que demonstraram intenção de retornar ao Brasil.

Ministro apresenta ações na Câmara

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve, ontem (5/2), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, para apresentar a situação epidemiológica do novo coronavírus no Brasil e no mundo e explicar as ações do SUS para enfrentar o vírus.

Conforme adiantou ontem durante a votação do projeto no plenário da Câmara, o ministro reforçou que deve enviar um texto mais completo futuramente para regulamentar as regras em casos de outras epidemias. O projeto aprovado pelos deputados foi uma medida emergencial para esse momento do coronavírus e a questão da quarentena, que precisavam ser pactuadas rapidamente.

Aviões da FAB decolam para buscar brasileiros na China

Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram para buscar os brasileiros em Wuhan ontem (5/2). A previsão é chegar à cidade chinesa nesta sexta-feira (7/2). O retorno está previsto para sábado (8/2).

Os brasileiros que retornarem de Wuhan, na China, vão precisar passar por um período de quarentena. Durante o período de isolamento na base aérea de Anápolis (GO), as pessoas precisarão passar por exames periódicos. Caso apresente sintomas, o atendimento e o tratamento serão realizados no Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF).

“O Ministério da Defesa coordena a operação e, em alguns momentos, tem solicitado apoio ao Ministério da Saúde.  A gente pretende testar todos os brasileiros que retornarem para coronavírus e apoiar os exames porque o Exército não tem laboratórios para os exames. O apoio é solicitado para o Ministério da Saúde a depender da necessidade do Ministério da Defesa. Nós estamos à disposição para prestar apoio técnico e material”, explicou o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda.

Somente poderão viajar para o Brasil as pessoas que não apresentarem os sintomas compatíveis com o coronavírus. Os procedimentos de saúde serão realizados por profissionais do Ministério da Saúde e do Instituto de Medicina Aeroespacial da FAB.

Agência Saúde

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