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A chegada do outono e a queda das temperaturas demandam um cuidado maior para prevenir a gripe. É durante esse período que aumentam os casos da doença e as medidas de controle devem ser intensificadas para diminuir a transmissão do vírus.

A chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria estadual da Saúde, Julia Cordellini, explica que, se não for tratada adequadamente, uma gripe pode evoluir para quadros mais graves e, até mesmo, levar à morte. “O Paraná está preparado para prestar assistência adequada aos pacientes, mas nossa verdadeira intenção é a conscientizar os paranaenses sobre métodos de prevenção”, fala.

Para evitar a gripe, ela recomenda lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar e ao chegar da rua. Outra orientação é cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável quando for tossir ou espirrar. 

As superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, devem ser limpos com álcool. Objetos de uso pessoal, copos, talheres e alimentos não devem ser compartilhados. Também é necessário evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.

Julia orienta que os pacientes com febre a partir de 38ºC, tosse ou dor de garganta procurem atendimento médico. “A automedicação pode ser prejudicial à saúde. Não é recomendado usar medicamentos sem antes receber orientação médica”, conta.

Ela alerta que se a pessoa tiver dificuldade de respirar, dores fortes no corpo, e desidratação, o quadro pode estar se agravando. Nesses casos, deve-se procurar a Unidade de Saúde mais próxima com urgência. O Governo do Paraná disponibiliza medicamento antiviral gratuitamente para tratamento mediante receita médica. 

NÚMEROS – Neste ano, até quarta-feira (30), foram registrados três casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) relacionados aos vírus Influenza, causador da gripe. Trata-se de moradores de Cianorte, Maringá e Paranavaí que evoluíram para a forma grave da doença, o que exigiu a internação dos pacientes. 

Além desses, também foram identificados 12 casos de Síndromes Gripais (SG) de qualquer gravidade nas unidades sentinelas: Metropolitana (2), União da Vitória (2), Cascavel (1), Campo Mourão (2), Maringá (3), Londrina (2) e Ivaiporã (1). Em 2015, os números totais de Influenza foram 233 casos, com 26 óbitos durante todo o ano. 

MONITORAMENTO – O Paraná atualmente conta com 50 Unidades Sentinelas voltadas ao monitoramento de casos de gripe, portanto os números divulgados não representam a totalidade de casos no Estado.

“Nossas unidades de monitoramento de Síndromes Respiratórias e Gripais coletam material para exames realizados pelo Laboratório Central do Estado, que identifica os vírus mais circulantes no Paraná, o que auxilia na produção das vacinas do ano posterior”, ressalta a chefe do Centro de Epidemiologia. 

VACINA – Outra forma de prevenir a doença é a vacinação. A campanha nacional está programada pelo Ministério da Saúde (MS) para começar no dia 30 de abril em todo o país. Conforme aconteceu em anos anteriores, a Secretaria Estadual da Saúde solicitou a antecipação da campanha, no entanto não houve resposta sobre essa possibilidade.

“O frio chega mais cedo nos estados do Sul do Brasil, então é comum precisarmos adiantar a campanha no Estado para que a população possa ser imunizada o quanto antes”, explica o coordenador estadual de Imunização, João Luís Crivellaro. 

O MS informou que vai iniciar o envio das vacinas após o dia 4 de abril e ficará a critério do Estado definir se irá ou não antecipar o início das aplicações. “Vamos aguardar o recebimento das doses, organizar a distribuição nos municípios e analisar a possibilidade de antecipar a campanha no Paraná”, afirma Crivellaro.

O público-alvo da campanha 2016 segue o praticado no ano passado. Com isso, serão beneficiadas crianças com idade acima de seis meses e até cinco anos incompletos; idosos com mais de 60 anos; gestantes; mulheres que passaram pelo parto há menos de 45 dias; e pessoas com comorbidades, como doentes renais crônicos, cardiopatas e diabéticos.

Serão aproximadamente três milhões de doses aplicadas no Estado durante a campanha 2016. Algumas doses também são destinadas a trabalhadores de saúde, que têm contato direto com o vírus; povos indígenas; e população privada de liberdade. 

Assessoria/SESA

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