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A capacitação de profissionais na área de saúde mental vai possibilitar uma atuação estratégica nos casos que precisem de ações do SUS pós-desastres

Profissionais de todo o país das áreas da saúde, assistência social e defesa civil participam de curso para treinamento das ações focadas na saúde mental em casos de desastres, como o que ocorreu em Brumadinho (MG) e Mariana (MG), por exemplo. O curso Internacional de Atualização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial em Desastres está sendo ofertado pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília, a pedido do Ministério da Saúde.

A capacitação desses profissionais vai possibilitar uma atuação estratégica em saúde mental nos casos que necessitem de uma ação do Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma, a rede de assistência à população estará ainda mais preparada para lidar com aumento de casos de depressão, ansiedade e até tentativas de suicídio, comuns após um evento de grande impacto, como epidemias, enchentes, desmoronamentos, entre outros.

O curso teve início na segunda-feira (4/11) e conta com a participação de 70 alunos de áreas importantes para a qualificação do SUS. Serão 10 aulas compostas por temas estabelecidos nos protocolos e diretrizes internacionais de saúde mental e atenção psicossocial em desastres. Cada vez mais os desastres têm gerado necessidades inusitadas para a assistência à saúde. O tema hoje desafia a organização da rede em articulação com os demais setores, visto que pressupõe até cinco etapas fundamentais: prevenção, mitigação (diminuir a intensidade), preparação, resposta e recuperação.

Nas cinco etapas, a organização de ações e serviços de apoio psicossocial é fundamental. Para estas situações, a organização da Rede de Atenção Psicossocial existente no país necessita de ampliação e, por isso, buscam-se novas estratégias que possibilitem abordagens diferenciadas para que a população afetada por estas situações seja acolhida pelo SUS.

O conceito de Primeiros Cuidados Psicológicos (PCP) é bastante difundido na literatura internacional. Neste sentido, o país busca conhecer mais as experiências, os conceitos e conhecimentos já desenvolvidos para que o SUS possa se qualificar nesta linha de atuação, podendo servir para apoio aos estados e municípios no desenvolvimento das cinco etapas da gestão integral de risco e desastre.

Em alguns casos, os serviços de saúde locais de atendimento são insuficientes e inadequados para a demanda emergencial e os serviços. As equipes precisam se readequar para novas demandas visando construir uma abordagem de cuidado integral que considere as diferentes necessidades de atenção da população afetada.

O curso acontece até amanhã (8/11) com transmissão online. Os vídeos serão editados para que possam ser transformados em módulos Educação à Distância (EAD).

Bruno Cassiano/Agência Saúde

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