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Com condições favoráveis para o Aedes aegypti se proliferar, o município já tem 42 notificações da doença desde a primeira semana de janeiro

Com as temperaturas em alta e várias ocorrências de chuvas, Londrina possui as condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e outras doenças. Desde a primeira semana de janeiro, a cidade já registrou 42 notificações de dengue. A maior incidência dos casos ocorre em bairros das regiões leste e norte. Esses dados foram divulgados ontem (9), durante entrevista coletiva concedida pela diretora de Vigilância em Saúde do Município, Sônia Fernandes.

Na ocasião, Sônia repassou a última parcial do boletim epidemiológico referente a 2019. Embora 813 casos ainda estejam aguardando o resultado dos exames laboratoriais, a cidade registrou 3.315 casos positivos da doença, dentre um montante de 15.459 notificações. A estimativa é que o boletim definitivo do último ano seja concluído em março, quando o Laboratório Central do Estado (LACEN) concluir as análises em andamento.

Apesar de o município ainda não ter registrados casos confirmados de dengue em 2020, a diretora de Vigilância em Saúde adiantou que os agentes de Endemias estão finalizando a vistoria em campo do primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), e já observaram que há um número altíssimo de larvas nos imóveis percorridos. “Hoje o cenário de Londrina é bastante preocupante, de risco de epidemia para dengue. Muitos municípios não têm inseticida e larvicida, fornecidos pelo Ministério da Saúde, e isso também é uma realidade na nossa cidade. E estamos na melhor época para o desenvolvimento do vetor. Com esses fatores associados, mais três sorotipos de dengue circulantes, que pode levar as pessoas a terem dengue pela segunda vez em um intervalo curto de tempo, podemos ter casos mais graves e mais óbitos em decorrência da dengue”, destacou.

Em comparação com o primeiro mês de 2019, Sônia reiterou que as condições atuais em Londrina são ainda mais graves, e por conta disso a população precisa atuar fortemente no combate aos criadouros do Aedes. “O cenário de 2020 é muito pior do que 2019, quando tivemos os caminhões do fumacê. Hoje, a perspectiva é que eles estejam disponíveis só no mês de fevereiro”, citou.

Informações prévias levantadas pelos agentes de Endemias durante as fiscalizações do LIRAa, somadas às notificações registradas agora em 2020, indicam um número expressivo de suspeitas de dengue nos jardins Ideal, Santa Fé, Marabá e Vila Fraternidade, todos na zona leste. “Isso nos preocupa bastante, porque nessa área temos uma grande concentração de casos notificados, com pessoas que, embora ainda não tenham o resultado comprobatório da doença, evoluem com quadro clínico característico da dengue. Isso ocorre também na região norte da cidade, no Campos Verdes, Flores do Campo, Vista Bela e Heimtal”, detalhou a diretora.

Para conter esse avanço do mosquito transmissor da dengue, a Prefeitura de Londrina deve realizar, nas próximas semanas, mutirões de limpeza com envolvimento de várias secretarias e órgãos municipais, e convoca a população a aderir a esse movimento de combate ao Aedes. “Nesse momento, nossa possibilidade de trabalho é realizar operações de limpeza nas regiões onde o vírus circula mais, para reduzir a população do mosquito, evitando que uma nova leva de Aedes cresça nestas localidades. E também orientamos a proteção individual, que as pessoas deem mais importância à dengue, usando repelentes e instalando telas nas janelas dos imóveis. A população tem que se conscientizar, limpando bem sua residência e eliminando criadouros. Precisamos da população como parceira, para juntos conseguirmos minimizar os efeitos que a dengue pode causar em Londrina”, reforçou Sônia.

O próximo boletim semanal da dengue em Londrina deve ser divulgado na última semana de janeiro, quando será apresentado o resultado do primeiro LIRAa de 2019.

NCPML

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