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A Secretaria Municipal de Saúde confirmou novos casos de sarampo em Londrina. Em entrevista coletiva, concedida nesta quinta-feira (24), o secretário municipal da pasta, Felippe Machado, acompanhado da diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, informou que dois moradores da cidade tiveram a doença confirmada.

Até o momento, Londrina possui quinze notificações de sarampo, sendo que seis estão em suspeita, e outros seis casos já foram descartados. Os casos suspeitos permanecem sob investigação, aguardando o resultado de exames pelo Laboratório Central (LACEN). “Com essas confirmações, são três casos positivos na cidade, sendo um deles com características que nos preocupam mais, de um jovem que não teve contato com ninguém de fora da cidade, nem viajou para locais onde há circulação maior do vírus. Isso acende um sinal de alerta em relação à circulação viral na cidade, e de poder haver outros casos que também não foram notificados e identificados da forma correta”, afirmou Machado.

O secretário municipal de Saúde lembrou que, mesmo com a realização do Dia D, quando as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) abriram no sábado para a vacinação, o número de doses fornecidas está baixo. “Estamos em plena campanha contra o sarampo, com uma cobertura de apenas 62%. Em nada adianta termos mais de 20 mil doses em estoque, profissionais aptos para realizar o atendimento, unidades funcionando doze horas por dia, se não houver a procura por parte dos mais interessados. Vacinar é um ato de amor e esse ato precisa ser garantido para nossas crianças”, frisou.

Histórico dos pacientes

O segundo caso de Londrina confirmado com sarampo é um jovem de 19 anos, morador da região leste, cujo contágio ocorreu após viajar para uma festa em Maringá, da mesma forma que o primeiro paciente, divulgado na última semana. Os sintomas deste paciente tiveram início na terceira semana de setembro, com atendimento registrado na UPA Centro-Oeste em 21 de setembro. Houve notificação e acompanhamento, e não há registro de novos casos decorrentes deste.

Já o terceiro paciente, com 28 anos, apresentou os primeiros sintomas na segunda semana de setembro, e chegou a ficar hospitalizado por conta do quadro. Ele também reside na região leste, e está com o esquema vacinal contra o sarampo em dia, tendo recebido duas doses da vacina. “Depois de passar esse surto que o país está registrando, teremos outras certezas em relação à vacinação. Ele tomou a vacina ainda menor de um ano, e nos últimos quinze anos houve alteração da vacina. E essas são algumas hipóteses que podem justificar o fato de que pessoas, muitas vezes vacinadas na infância, hoje acabam adquirindo sarampo”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde.

Vacinação

Encerra nesta sexta-feira (25) a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo. O público-alvo são as crianças com 6 meses a menores de 12 meses, para aplicação da dose zero, e crianças de 12 meses a menores de 5 anos, que devem receber as doses um e dois da vacina.

A dose zero passou a ser disponibilizada em agosto, como medida preventiva já que os casos mais graves de sarampo atingem, em sua maioria, essa faixa etária. Em Londrina a cobertura atingiu apenas 62% do público, pois foram realizadas 3.243 aplicações, e o total de crianças neste grupo é de 5.182.

A procura pela vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, também está abaixo do esperado. Neste mês de outubro, 4.723 crianças foram imunizadas, sendo que 575 bebês receberam a dose um, recomendada aos 12 meses, e outros 767 a dose zero. Como comparativo, no mês de setembro, 7.042 crianças foram vacinadas contra o sarampo, sendo 655 com a dose um, e 1.309 com a dose zero. “A única forma de prevenção é através da vacina. Então a gente faz o apelo para que as pessoas que não tem a carteira de vacinação em dia, que procurem uma das nossas UBSs. O apelo maior fica aos responsáveis pelas crianças com menos de cinco anos, para que procurem e façam a vacina o quanto antes, pois já foram registrados quatro óbitos no país”, reforçou Sônia.

Sintomas

Os sintomas de sarampo iniciam com quadro de febre alta e um mal-estar generalizado, causando prostração intensa. Na sequência do quadro, pode surgir coriza, conjuntivite, e o exantema, que é uma vermelhidão por todo o corpo. “As complicações causadas pelo sarampo são as infecções secundárias, como otite, ou encefalite, que podem levar a transtornos maiores e até mesmo sequelas neurológicas”, informou a diretora de Vigilância em Saúde.

NCPML

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