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Até o dia 28 de novembro, a sociedade em geral pode enviar contribuições para a consolidação de documento que traz orientações de atendimento de gestantes que sofrem com trombofilia

As gestantes são 4 a 5 vezes mais propensas a desenvolver Tromboembolismo Venoso (TEV), tipo mais comum da trombofilia, do que as mulheres não grávidas. Com o objetivo de direcionar melhor os profissionais, que atuam nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), no atendimento a essas mulheres, o Ministério da Saúde abriu consulta pública (http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=52016), até o dia 28 de novembro, para receber da sociedade contribuições para a conclusão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia.

O PCDT é um documento que traz critérios para o diagnóstico, tratamento, acompanhamento e organização da linha de cuidado da doença nas unidades do SUS. As contribuições da população podem ser tanto conteúdo científico quanto relatos de experiências. As sugestões enviadas podem confirmar ou modificar o texto do documento.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia já foi elaborado em 2018, após a incorporação do medicamento enoxaparina para o tratamento preventivo em gestantes com trombofilia. Agora, a consulta pública irá complementar o texto do PCDT, com orientações para a administração desse e de outros tratamentos que poderão ser usados pelas pacientes, além de definir critérios para o diagnóstico, cuidados e monitoramento da doença durante a gestação.

O tromboembolismo venoso é caracterizado pela formação de coágulos de sangue no interior das veias, bloqueando de forma parcial ou total a passagem do sangue. Além disso, o termo é utilizado para designar a combinação de duas doenças: a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar.

A trombose venosa profunda é causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas, geralmente ocorrendo nos membros inferiores do corpo, enquanto a embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos (trombo). O trombolismo venoso não é considerado uma doença, mas sim uma condição que pode trazer diversas complicações. No caso de gestantes com trombofilia, tanto a mãe quanto o bebê, durante a gestação, podem sofrer com esse problema.

As complicações na gestação, relacionadas à doença, variam desde edema e alterações cutâneas até o descolamento da placenta, pré-eclâmpsia (complicação da gravidez caracterizada pelo aumento da pressão arterial), restrição de crescimento fetal, parto prematuro e aborto espontâneo. Além disso, um dos problemas que mais causa medo nas futuras mães é a embolia pulmonar. A princípio, o diagnóstico de TEV pode parecer assustador, mas com tratamento adequado e acompanhamento médico constante, é possível conviver bem com a doença.

Luísa Schneiders/Agência Saúde

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