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Com o aumento no número de casos de dengue no Paraná, as autoridades de saúde alertam para a importância do diagnóstico e tratamento precoce dos pacientes com suspeita da doença. População deve ficar atenta aos sintomas característicos e procurar atendimento de saúde o mais rápido possível. 

O primeiro sintoma da dengue geralmente é a febre, que aparece de 5 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. “Trata-se de um recado que o corpo passa dizendo que há algo errado com o organismo. É nesse momento que o paciente deve buscar a unidade de saúde mais próxima”, explica o médico infectologista da Secretaria Estadual da Saúde, Enéas Cordeiro. 

A febre pode vir acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular, dor atrás dos olhos e mal-estar geral. “A recomendação é que a pessoa não se automedique em hipótese alguma. Analgésicos, por exemplo, podem aliviar a dor e dar a sensação de cura, mas na realidade só mascaram a situação, pois o vírus continua atuando e o quadro pode se agravar ainda mais”, disse o infectologista. 

O uso de anti-inflamatórios também é contraindicado. O medicamento pode causar hemorragia digestiva em pacientes com dengue. “É importante que o médico seja informado sobre o histórico de saúde da pessoa com suspeita da doença. Se tem alguma doença crônica pré-existente ou toma algum tipo de medicamento diferente do prescrito”, afirma Cordeiro. 

ACOMPANHAMENTO - Quando o paciente apresenta dor abdmonial intensa, vômito persistente (de 4 a 6 episódios em um período de 6 horas) ou tontura por queda de pressão, o cuidado deve ser redobrado. Nesses casos, a pessoa deve ficar internada em observação. 

De acordo com o protocolo da Secretaria Estadual da Saúde, o acompanhamento deve ser especial também aos casos suspeitos em crianças menores de cinco anos, adultos com mais de 65 anos, gestantes e doentes crônicos (hipertensos e diabéticos graves, entre outras comorbidades). Integrantes deste grupo prioritário devem ser avaliados pela equipe de saúde diariamente por um período de 3 a 4 dias. 

Já quem não se encaixa nessas condições deve retornar ao serviço de saúde imediatamente após o desaparecimento da febre. A reavaliação é importante para evitar que a pessoa evolua para a forma grave da doença sem assistência adequada. Estudos apontam que os sintomas da dengue clássica duram em média sete dias, dependendo do organismo da pessoa. 

NÚMEROS - Nesta terça-feira (19), a Secretaria Estadual da Saúde divulgou um novo boletim com a atualização do número de casos de dengue registrados no Paraná. Desde agosto do ano passado, 2.203 casos da doença já foram confirmados, sendo que dois moradores de Paranaguá morreram em decorrência de complicações da dengue. 

Além de Paranaguá, com 614 casos, outras seis cidades também já atingiram uma taxa de incidência de casos que os colocam em situação de epidemia. São eles: Mamborê (56), Cambará (93), Munhoz de Mello (43), Santa Isabel do Ivaí (35), Itambaracá (25) e Guaraci (19). 

INVESTIGAÇÃO - Segundo o informe, outras três mortes também estão sendo investigadas pela Secretaria para atestar se a dengue contribuiu ou não para o óbito. Os casos são de Paranaguá (1) e Foz do Iguaçu (2). Técnicos da Secretaria Estadual da Saúde estão analisando todos os prontuários médicos e pesquisando a história clínica de cada paciente. É preciso ainda aguardar o resultado de exames laboratoriais complementares. 

AEN
#JornalUnião

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