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Dados foram repassados durante evento alusivo à Semana do Bebê, instituída por lei do vereador Roberto Fú

A pandemia de covid-19 teve impacto tanto no índice de mortalidade infantil quanto nas denúncias de violência contra crianças e adolescentes em Londrina. Em 2020, a taxa de morte de menores de 1 ano de idade foi de 12,4 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos. A série histórica dos últimos 20 anos (2000 a 2020) mostra que o menor índice foi registrado no ano de 2015, quando a taxa foi 8,6.  "A partir do ano de 2018 tivemos uma crescente elevação, muito por reflexo das condições socioeconômicas do país. Agora, com a pandemia, a curva está mais ascendente ainda", afirmou a coordenadora do Comitê de Prevenção da Mortalidade Materno-Infantil de Londrina, Michele Patrícia Amadeu, que participou na quinta-feira (27) de evento alusivo à Semana do Bebê. A data foi criada pela lei 12.980/2019, de autoria do vereador Roberto Fú (PDT).

O índice de Londrina é considerado baixo pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a classificação da OMS, índices menores de 20 são considerados baixos; índices entre 20 e 49, médios; e acima de 50, altos. "Segundo a OMS, a mortalidade infantil é um retrato das condições de vida, do desenvolvimento econômico e dos serviços de saúde prestados a essa população. Um número menor do que 20 é considerado um coeficiente baixo. Porém, os países desenvolvidos têm esse número entre 3 e 5", disse Michele.  Segundo ela, em Londrina há predominância de mortes no período neonatal (60 a 90%), que ocorre até sete dias após o nascimento e está ligado ao parto prematuro e às condições de saúde da gestante.

Também convidada a participar do evento, a diretora do Departamento de Pediatria da Associação Medica de Londrina, Najat Nabut, chamou a atenção para o fato de que a pandemia também teve como reflexo a baixa cobertura vacinal das crianças. "Nenhuma das vacinas do calendário das crianças atingiu a meta de cobertura desejada. Eu mesma, há poucos dias, atendi duas mães que ainda não tinham dado a primeira vacina do bebê, que é a BCG, contra a tuberculose, porque os pais estavam com medo de sair de casa com a criança devido à pandemia. Devemos lembrar que as unidades de saúde estão preparadas para vacinar de forma segura", alertou.

Violência

Assistente social da delegacia do Núcleo de Proteção à Criança e Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) de Londrina, Márcio Antunes afirmou que atualmente tramitam no órgão cerca de 1,7 mil procedimentos, como boletins de ocorrência ainda em análise e inquéritos. "Em março de 2020 verificamos um aumento das denúncias. Com o confinamento das crianças em casa, ocorreram muitas situações de violência, inclusive violência por meio virtual. Recebemos um número significativo de denúncias de tentativa de abordagem com finalidade sexual por meio de jogos eletrônicos e redes sociais", disse. Segundo Márcio, a delegacia especializada funciona em horário comercial, mas o plantão da 10ª Subdivisão da Polícia Civil está preparado para prestar atendimento em qualquer dia e horário.

Asimp/CML

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