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“Reafirmamos o compromisso com o Instituto Butantan, para que a Prefeitura de Londrina possa comprar as vacinas e imunizar nossa população”, afirmou o prefeito

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, esteve no Instituto Butantan, ontem (13), onde formalizou intenção de compra de vacinas Coronavac, que protegem contra a Covid-19. No encontro, que contou com o diretor de Estratégia Institucional, Raul Machado Neto, e o diretor jurídico, Paulo Luís Capeloto, ambos do Butantan, foi assinado o Memorando de Entendimento com a Prefeitura de Londrina, viabilizando a comercialização e distribuição das doses.

O Butantan produz a Coronavac no Brasil mediante associação com a farmacêutica Sinovac Life Science. A expectativa é que, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses sejam fornecidas a estados e municípios pelo Ministério de Saúde, conforme o Plano Nacional de Imunização. Porém, caso esse planejamento não seja efetivado ou seja insuficiente, a Prefeitura de Londrina poderá adquirir as doses.

O memorando firmado entre o Butantan e o Município de Londrina estabelece, inclusive, que as doses ali produzidas têm como prioridade o Ministério da Saúde. “Reafirmamos o compromisso com o Instituto Butantan, para que a Prefeitura de Londrina possa comprar as vacinas e imunizar nossa população. Através do Ministério da Saúde, o governo federal também firmou um protocolo de intenções junto ao Butantan, para adquirir todas as vacinas produzidas por esse instituto de renome nacional. Caso isso não se concretize, a Prefeitura de Londrina está apta a comprar essas vacinas do Butantan, para proteger nossa população contra o coronavírus”, ressaltou o prefeito.

Como a Coronavac atingiu o patamar de 50% de eficácia exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Anvisa, o Butantan aguarda o parecer da agência regulatória quanto a liberação para uso emergencial. A decisão será discutida em reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa, agendada para o próximo domingo (17). “O que vai acabar com essa pandemia é a vacinação em massa de toda a população. E Londrina, agora, está apta e preparada para imunizar nossa população”, citou Marcelo.

 “A vinda dos gestores de Londrina ao Butantan reflete a preocupação da equipe com a saúde da população da cidade. É uma atitude fundamental nesse momento”, comentou Raul Machado Neto, diretor de Estratégia Institucional do Instituto Butantan.

A reunião contou também com a participação de membros da diretoria do Butantan, e do secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti. “Esse memorando assinado hoje pelo Butantan tem força de um pré-contrato, e vai possibilitar a aquisição caso a gente tenha algum problema na compra por parte do Ministério da Saúde, ou caso essa não seja suficiente para suprir o plano municipal de imunização”, detalhou.

Cavazotti afirmou ainda que o Memorando de Entendimento garante ao Município que vai conseguir atingir a cobertura necessária, seja substituindo o fornecimento via governo federal, ou complementando as doses oferecidas. “Se for necessário, esse documento se transformará em um contrato. Hoje ele nos representa uma segurança do provimento dessas vacinas, considerando quaisquer cenários daqui em diante”, concluiu.

Como funciona

A vacina da Sinovac utiliza em sua composição o novo coronavírus inativado, então ao entrar em contato com o corpo humano ele é incapaz de causar a doença. Porém, o sistema imunológico consegue reconhecer esse corpo estranho e produzir sua defesa, que são os anticorpos. Essa imunidade vai permitir que a pessoa não pegue a doença ou, caso seja infectada, apresente quadros leves.

O resultado completo dos estudos clínicos da Coronavac no Brasil foi apresentado nesta semana. Participaram de forma voluntária 12.476 pessoas, de 16 centros clínicos de oito estados brasileiros. A vacina foi aplicada em 4.653 voluntários, enquanto 4.599 receberam o placebo.

Segundo o relatório oficial, a vacina obteve 50,38% de eficácia global, isto é, a pessoa imunizada terá 50,38% de chance de não ter a doença. Além disso, ela protege em 78% contra casos leves e 100% contra casos moderados e graves da doença. Isto é, nenhum dos voluntários vacinados que tiveram a Covid-19 teve sintomas moderados ou graves, nem evoluíram a óbito.

Com três milhões de doses da Coronavac em solo brasileiro, o Instituto Butantan espera receber mais 43 milhões de doses ao longo deste ano, e atingir a marca de um milhão de doses produzidas por dia. Para atingir sua eficácia total, são necessárias duas doses por pessoa.

NCPML

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