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Poucos diagnósticos são mais devastadores para as pessoas e suas famílias do que a doença de Alzheimer. O declínio das funções cerebrais que essa doença traz é longo e inexorável.

Depois que os sintomas aparecem pela primeira vez, as pessoas costumam viver de seis a dez anos em um estado cada vez mais dependente.

Pouco se pode fazer para deter a doença, embora alguns tratamentos possam abrandar brevemente o agravamento dos sintomas. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência – um distúrbio cerebral que envolve um declínio na memória e no pensamento, e que interfere na capacidade de realizar atividades diárias. À medida que a doença evolui, a pessoa vai perdendo células cerebrais até que, em fases mais avançadas, o cérebro encolhe.

Não existe cura para a doença de Alzheimer. O diagnóstico precoce, no entanto, é importante, uma vez que as drogas que podem retardar sua progressão são mais eficazes quando tomadas no início da doença. Além disso, o diagnóstico precoce pode permitir a tomada de decisões preventivas para o futuro, fazendo adaptações que minimizem o estresse, e também otimizar a segurança e a qualidade de vida do paciente e da família.

Sinais de alerta da doença de Alzheimer

Aqui estão alguns sinais de alerta comuns da doença de Alzheimer. Se você ou alguém que você ama está experimentando um ou mais dos seguintes sintomas, converse com um médico.

Dificuldade de lembrar onde colocou objetos

No começo, apenas a memória de curto prazo pode ser afetada. O indivíduo pode esquecer uma nomeação ou o nome de um novo conhecido. Pode esquecer onde deixou objetos ou, às vezes, os deixa em lugares estranhos.

Tive uma paciente que não encontrava de forma nenhuma o controle da sua TV. Chamou os filhos em casa, estes reviraram o apartamento dela e não o encontraram. Num certo momento, um deles, cansado de tanta procura e nervoso pela insistência da mãe, resolveu tomar um pouco de água. Como não havia água gelada, abriu a porta do freezer para apanhar gelo, e eis que lá estava o controle remoto da TV da sua mãe, totalmente congelado.

Outro caso engraçado – para não dizer triste – foi o de uma paciente que, desesperada por não encontrar um par de sapatos que queria usar para ir em uma festa, revirou a casa e, por fim, o encontrou dentro da sua geladeira. Ela me contou essa história rindo, acredite!

Mudanças de humor ou personalidade

Uma pessoa que era sociável e extrovertida, começa a evitar sair de casa ou mesmo se relacionar com amigos. Pode se tornar teimosa, desconfiada, zangada ou triste.

depressão muitas vezes acompanha a doença de Alzheimer, causando sintomas como perda de interesse em um passatempo favorito ou atividade, uma mudança no apetite, insônia ou dormir muito, falta de energia e desesperança.

Dificuldade de realizar tarefas comuns

Tarefas simples, que eram feitas sem nenhuma dificuldade, tornam-se desafiadoras. Por exemplo, uma pessoa pode esquecer como usar o forno, trancar a porta ou vestir-se.

Dificuldade de expressar pensamentos

É comum pessoas com doença de Alzheimer terem problemas com a linguagem. Às vezes, os pacientes não conseguem dizer o nome de um objeto pela própria dificuldade que a doença impõe. Para se expressar, descrevem o objeto que querem dizer. Por exemplo, em vez de “telefone” dizem a campainha ou aquela coisa com a qual eu chamo você”.

A leitura ou a escrita também podem ser prejudicadas.

Deterioração do julgamento

O indivíduo pode ter dificuldade em tomar decisões, resolver problemas ou planejar. Por exemplo, ele pode já não ser capaz de preencher um talão de cheques ou pagar as contas.

Desorientação

Nós todos sabemos o que é estar dirigindo e, momentaneamente, esquecer aonde nós estamos indo, mas aqueles com doença de Alzheimer podem se perder em sua própria vizinhança. Eles também podem perder o controle de datas e tempo.

Comportamento incomum

O indivíduo pode vagar, ficar agitado, esconder coisas, usar pouquíssimas ou demasiadas roupas, tornar-se excessivamente suspeito, envolver-se em comportamentos inseguros ou usar linguagem obscena.

Dr. Roque Marcos Savioli - CRMESP 22.338 - Formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos em 1974. Residência Médica em 1975 e 1976 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obtendo o título de especialista em Cardiologia, pela Segunda Clínica Médica, Serviço do Prof. Luis Vénere Décourt. Desde 1977 é integrante do Corpo Clínico do Instituto do Coração do HC-FMUSP , atualmente lotado como Médico Supervisor da Divisão Clínica – Unidade de Cardiogeriatria. Doutor em Medicina pela FMUSP  e integrante da Sociedade Paulista e Brasileira de Cardiologia. Escritor de vários best sellers no Brasil e no exterior e membro da  Academia Cristã de Letras e do Instituto de Geografia e História do Estado de São Paulo. Apresentador do programa “ Mais Saude “na Rede Cancao Nova de Radio (AM)

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