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O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (1º) a Campanha Nacional de Aleitamento Materno de 2022. Com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. Serão cerca de R$ 4 milhões investidos pela pasta neste ano.

O Ministério da Saúde lançou ontem (1º) a Campanha Nacional de Aleitamento Materno de 2022, com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. A campanha ocorre no momento da Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada entre 1º e 7 de agosto, que neste ano reforça a importância da educação para o fortalecimento da amamentação. De acordo com a pasta, anualmente, são destinados R$ 4 milhões para ações relacionadas ao aleitamento.

No evento de lançamento, na sede do Ministério da Saúde, a coordenadora da Saúde da Criança, Janini Ginani, chamou atenção para a maturidade da Política Nacional de Aleitamento Materno. “Já tem 41 anos e são três pilares principais: promoção do aleitamento, que é o que realizamos anualmente em agosto; o apoio à amamentação, que traz várias estratégias para apoiar mulheres; e a proteção, que tem pilar também de base legal, leis que trazem a importância do aleitamento materno”, disse.

Segundo Ginani, o ministério tem trabalhado em linhas de cuidado de aleitamento nos 26 estados e no Distrito Federal. Os dados apresentados no lançamento da campanha apontam que a prevalência de amamentação na primeira hora de vida, tida como fundamental para o desenvolvimento da criança, é de 62%, acima da média global de 45%. Entre as regiões do país, a Norte é a que apresenta maior percentual nesse quesito, 73,5%, seguida pelo Centro-Oeste, com 64%.

O aleitamento materno exclusivo é recomendado até os seis meses de idade e deve continuar, se possível, fazendo parte da alimentação mista até o segundo ano de vida. Entre crianças menores de dois anos, essa prevalência é de 60,3%. "É importante dizer que tratamos essa população como estratégica também. Precisamos garantir esse aleitamento continuado até os dois anos”, explicou Janine Ginani. 

Importância do leite materno

O leite materno é adequado para a nutrição e as necessidades imunológicas de uma criança. Além de prevenir infecções, a amamentação também promove o vínculo entre mãe e filho, proporciona segurança alimentar aos bebês desde o início da vida. A pediatra neonatologista da Rede D'Or,  Adriana Valença de Melo, explica os benefícios do alimento.  

“Do ponto de vista nutricional, o leite humano é o melhor alimento para os bebês. Nutrientes se encontram na proporção ideal. Além disso, previne várias infecções, especialmente aquelas que a mãe teve contato e ainda reduz riscos de alergia. Comprovadamente tem efeitos sobre a redução de incidência de hipertensão, colesterol alto, entre outros.”

A doação para bebês que não puderam receber leite materno da própria mãe também é importante. O filho da Júlia Cristina de Carvalho, de 26 anos, nasceu no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). À época, a unidade estava com baixo estoque de leite materno e precisou de uma campanha para doação do alimento. “Eu tinha bastante leite e doei. A criança tem essa necessidade. Se tem oportunidade de doar leite materno, é algo muito importante. Eles [hospital] davam o vidro esterilizado, eu tirava [o leite], congelava e depois levava para o hospital”, conta. 

Segundo o Ministério da Saúde, são mais de 60 mil profissionais da Atenção Primária à Saúde no Brasil capacitados para fortalecer o aleitamento materno e cerca de R$ 18 milhões destinados aos mais de 200 hospitais que fazem parte da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), idealizada em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF para promover, proteger e apoiar a amamentação. 

(Thiago Marcolini/Brasil 61)

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