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A Secretaria Municipal de Saúde elaborou algumas orientações para a população se proteger contra a picada de escorpiões, devido ao aumento, nos últimos dias, de casos deste tipo no Paraná. Em Londrina, de acordo com dados da Coordenação de Saúde Ambiental e Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde, do início do ano até agosto, foram enviadas para identificação 59 amostras de escorpiões, sendo que 13 foram responsáveis por acidentes e do Tipo Amarelo, que é o mais agressivo.

Segundo a coordenadora de Saúde Ambiental e Zoonoses, Sandra Oka, a Secretaria Municipal de Saúde tem atendido em média uma reclamação por dia relacionada ao escorpião, devido ao clima mais quente dos últimos dias, que tornam os escorpiões mais ativos.

Existem cerca de 1.200 espécies de escorpiões conhecidas, sendo que duas são comuns em Londrina: o Tityusbahiensis (escorpião marrom) e o Tityusserrulatus (escorpião amarelo). Os escorpiões são animais terrestres, de atividade noturna, ocultando-se durante o dia em locais que não há claridade, como terra sombreada e úmida, tronco de árvores, pedras, tijolos, construções, frestas de muros, dormentes de estradas de ferro, lajes de túmulos, entre outros. Eles vivem em média de 3 a 4 anos.

Segundo Sandra Oka, todas as espécies de escorpião podem inocular veneno pelo ferrão, sendo considerados animais peçonhentos. “A gravidade do envenenamento varia conforme o local da picada e a sensibilidade do acidentado, por isso a pessoa que sofreu o acidente deve ser avaliada pelo médico, o qual tomará as decisões sobre o tratamento a ser ministrado”, explicou.

Os acidentes geralmente ocorrem quando se manuseia material de construção ou entulho em residências e são mais comuns na primavera e no verão. A Secretaria Municipal de Saúde orienta que, em caso de acidente, a pessoa deve lavar o local com água e sabão; procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima; se possível capturar o escorpião e levá-lo para a identificação da espécie e diagnóstico à UBS ou ligar para a Vigilância Ambiental. Também pode-se aplicar compressas quentes. A compressa fria aumenta a sensação de dor.

A coordenadora informou que controle químico não é eficaz devido o hábito do escorpião de se esconder em frestas de paredes, embaixo de caixas, papelões, pilhas de tijolos, telhas madeiras, em fendas e rachaduras de solo além da usual capacidade de não se mover por meses. “Outro motivo de não ser eficaz o tratamento químico é que ele permanece longos períodos em abrigos naturais que impedem a ação do inseticida, além de ficarem por longo tempo com o estigma pulmonar fechado. A aplicação de inseticidas para controle de outros agravos como dengue, malária e chagas, pode desalojar o escorpião devido à procura de alimento e causar acidentes”, explicou.

O que fazer para evitar o acidente com escorpiões?

- Examinar roupas (inclusive as de cama), calçados, toalhas de banho e de rosto, panos de chão e tapetes, antes de usar; 
- Usar luvas de raspa de couro ou similar e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenha, madeira e pedras em geral; 
- Manter berços e camas afastados, no mínimo 10 cm, das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão; 
- Tomar cuidado especial ao encostar-se em locais escuros e úmidos e com presença de baratas.

Medidas preventivas:

- Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenha; 
- Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados;
- Rebocar paredes e muros que apresentem vãos e frestas;
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia;
- Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
- Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos que servem de alimento aos escorpiões;
- Realizar roçagem de terrenos;
- Manter berços e camas afastados das paredes;
- Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los.

N.com

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