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Levar carinho, motivação, alegria, diversão, atividades de mobilidade e ativação da memória a idosos, crianças, pacientes de hospitais e outros grupos que precisam de atenção. É o objetivo do projeto “Focinhos que Salvam”, que começa a desenvolver em Londrina a terapia assistida por animais. Alunos e professores de Medicina Veterinária, Fisioterapia e Psicologia da UniFil fazem segunda-feira (dia 31) as primeiras sessões práticas em quatro casas de atendimentos a idosos.

Desde agosto os estudantes pesquisam o tema e agora partem para o contato direto com o público. No período de capacitação, treinaram os 12 animais que inicialmente participarão do programa de terapia. São 12 cães de diversas raças, desde grande porte como labrador e golden retriever até pequeno como poodle, mais dois gatos e dois cágados. Todos foram selecionados pelo comportamento, atitude em grupo e outros quesitos, para depois passarem por treinamento.

O projeto “Focinhos que Salvam” já firmou parceria para atuar no Hospital do Câncer, Ilece, Meprovi e Colégio Londrinense, além das quatro casas de repouso. Cada lugar recebe visitas periódicas dos alunos, professores e animais e, dependendo da necessidade do grupo atendido, a terapia pode durar de seis meses a um ano. “Temos estratégias e objetivos nos tratamentos, com início e fim”, diz a professora doutora Suellen Córdova Gobetti, que coordena os trabalhos com as também docentes Laura Fernanda Condota de Souza e Kássia Pires Menolli, de Medicina Veterinária, e a coordenadora do Hospital Veterinário UniFil, Mariana Cosenza.

Antes de começar a terapia assistida com animais, os participantes fazem o reconhecimento dos locais. Na próxima terça-feira, os alunos vão ao Hospital do Câncer para se ambientar às condições e verificar quais atividades podem ser desenvolvidas.  “Cada grupo assistido requer atividades e animais específicos. Com pessoas debilitadas são usados os de pequeno porte; para quem precisa de fisioterapia e exercícios de mobilidade os melhores são animais maiores e os peludos, que podem ser penteados. Treinamos os animais para as várias situações “, comenta a professora Suellen Gobetti.

Em comum, para todos os grupos, a terapia proporciona momentos de interação, de troca de afagos e afeto, de boas lembranças, de brincadeiras, descontração e de muita felicidade. “Com idosos, por exemplo, a expectativa da chegada já muda o ânimo. Eles conversam entre eles sobre a ida dos animais, saem do isolamento, relembram fatos relacionados a bichos de estimação que tiveram no passado e ativam a memória. Quando estão com os animais, brincam, se divertem, fazem exercícios leves e se mexem. E depois de encerradas as atividades, continuam num estado de alegria, falando sobre o que fizeram”, relata a professora.

Ela explica que os animais do “Focinhos que Salvam” pertencem aos alunos e professores, foram cadastrados, receberam todas as vacinas disponíveis, passaram por exames clínicos e de laboratório (sangue, fezes e urina). Antes de cada visita, são preparados com banho, tosa e higienizados com aplicação de bactericidas nas patas e na boca. “Existe todo controle e cuidado para termos animais saudáveis no contato com as pessoas. Da mesma forma que evitamos expor os pacientes a riscos, evitando levar bactérias aos locais da terapia, também preservamos a saúde dos bichos. Após cada sessão, tomam outro banho para não portarem bactérias que possam ter nesses lugares”, informa a professora. As atividades com animais duram no máximo 40 minutos, para não se cansarem muito.

Para Suellen Gobetti, o projeto vai ajudar bastante os grupos atendidos. “Os animais são dóceis, gostam de receber e dar carinho. E muitas vezes é o que as pessoas mais necessitam”, afirma. 

PROGRAMAÇÃO DE VISITAS - SEGUNDA-FEIRA (31 de outubro) – CASAS DE REPOUSO

- 14 horas - Rua Pandia Calógeras, - em frente ao Mercado Shangrilá 

- 15 horas - Rua Emílio de Menezes, 92

- 16 horas - Rua Euclides da Cunha, 434

- 17 horas - Rua Castro Alves, 835 

Asimp/UNIFIL

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