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O núcleo de Londrina, no Norte Central do estado, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, dez mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão. A operação teve como alvos um agente prisional temporário lotado na Casa de Custódia de Londrina na época dos crimes investigados – atualmente preso –, cinco detentos e quatro mulheres. Todos são investigados por crimes de associação para o tráfico, tráfico ilícito de entorpecentes, corrupção ativa, corrupção passiva e ingresso de aparelhos celulares no interior da unidade prisional. A ação contou com apoio do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) e da Polícia Militar.

Os mandados de prisão contra os investigados já detidos na Casa de Custódia de Londrina e na Penitenciária Estadual de Londrina foram cumpridos pelo Depen, durante procedimento de revista nas celas. Os alvos já ostentam antecedentes criminais por homicídio, latrocínio, roubo, furto qualificado, motim e tráfico de drogas, entre outros. As buscas e apreensões e as prisões das mulheres foram feitas pelo Gaeco, com apoio da PM, nas cidades de Apucarana, Arapongas, Faxinal e Jacarezinho.

Propinas

As investigações tiveram início com a apreensão de aparelhos celulares, maconha e fumo pela Direção da Casa de Custódia de Londrina durante revistas de rotina, que deram indícios de que teriam sido inseridos ilegalmente a partir da corrupção de servidor público. O Depen acionou então o Gaeco e colaborou com as investigações. No curso das apurações, foi confirmado que o agente prisional investigado associou-se com detentos e familiares, pelo menos desde setembro do ano passado, para, mediante recebimento de propina, introduzir na carceragem da CCL aparelhos celulares, drogas e fumo, comercializados pela associação criminosa dentro da cadeia pública.

Uma das mulheres presas seria responsável por entregar a droga para o agente prisional, enquanto as outras três seriam responsáveis por negociar com o agente público, receber os valores das vendas dos produtos ilícitos e fazer o pagamento da propina. Conforme verificado pelo Gaeco, o servidor receberia de R$ 3 mil a R$ 4 mil para introduzir 300 gramas de maconha na carceragem. Para fornecer um aparelho celular aos detentos, cobraria R$ 4 mil. A propina para cada pacote de fumo inserido na cadeia seria de aproximadamente R$ 300.

Em dezembro do ano passado, o agente prisional investigado foi preso em flagrante pelo Gaeco por porte ilegal de arma de fogo. Em busca domiciliar na sua residência foram localizados documentos falsos, cédulas falsificadas de R$ 20 e munições ilegais, entre outros elementos probatórios.

Ascom/MPPR

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