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Representantes do Ministério Público do Paraná, de entidades de direitos humanos, do movimento negro e de órgãos públicos municipais e estaduais que fazem parte do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo, coordenado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Londrina, reuniram-se nesta quarta-feira, 18 de março, para traçar estratégias de enfrentamento ao racismo. Como fruto da reunião, o grupo decidiu que os guardas municipais e policiais militares em Londrina terão capacitação contínua sobre o racismo.

Para isso, o Grupo de Trabalho enviará à Política Militar e à Guarda Municipal proposta de capacitação dos seus agentes. Entre as 29 pessoas presentes, estava o comandante do 5.º Batalhão da Polícia Militar, major José Luiz de Oliveira, que reconheceu a necessidade de orientação sobre as questões raciais para os policiais. A ideia foi referendada pelo chefe de gabinete da Secretaria de Defesa Social, Raimundo Hiroshi Kitanishi, responsável pela Guarda Municipal.

Juventude negra – Entre os temas debatidos, tratou-se da violência policial sofrida pela juventude negra. De acordo com estudo realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a possibilidade de jovens negros serem assassinados no Brasil é 2,96 vezes maior do que no caso dos brancos. Em Londrina, a realidade não está distante dos dados apurados para o país.

O objetivo do grupo, criado há três anos pela Promotoria de Justiça, é fomentar a discussão, sensibilização e capacitação de servidores públicos a respeito do racismo, especialmente entre os servidores que atuam nas áreas da educação, saúde e segurança pública. Neste sentido, o grupo tem promovido seminários e debates com professores das redes municipal e estadual de educação e trabalhadores da área da saúde, além de policiais militares e guardas municipais.

Nas capacitações, é enfatizada a questão do racismo institucional, que ocorre quando uma organização pública ou privada não consegue prover um serviço adequado a uma pessoa por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. O racismo institucional acontece de forma inconsciente, a partir de estereótipos racistas que se mostram nas atitudes dos profissionais e que permeiam as atividades da organização, muitas vezes, sem que seus integrantes e dirigentes percebam. Importante salientar que, ainda que praticado inconscientemente, o racismo institucional não deixa de ser doloroso para quem sofre seus efeitos.

Assessoria de Comunicação/Ministério Público do Paraná

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