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De janeiro a setembro estado registrou resultado acima da média nacional, de em 18%, na comparação do mesmo período

De janeiro a setembro deste ano, as empresas paranaenses acessaram mais recursos nas instituições financeiras do que no mesmo período de 2019. É o que revela o relatório de estatísticas monetárias e de crédito divulgado pelo Banco Central . A corrida aos bancos, somado aos programas emergenciais de crédito, resultaram no crescimento de 24% no saldo da carteira de crédito do Paraná, enquanto no Brasil a média foi de 18%. Já comparando setembro deste ano com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 27% aqui, enquanto a média nacional permaneceu nos mesmos 18%.

“O resultado é bastante expressivo e supera com ampla margem as altas registradas em períodos anteriores. Para efeito de comparação, em 2019 houve elevação de apenas 0,27% no Brasil e, de 4,6%, no Paraná, entre janeiro e setembro”, avalia o especialista do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Baptista Guimarães.

“Os números confirmam a percepção de que a necessidade de crédito no país é grande e que a oferta de novas linhas ainda é insuficiente para atender toda a demanda. No início da pandemia, empresários de setores da indústria que tiveram interrupção total de suas atividades foram obrigados a compensar a falta do faturamento, que chegou a zero, com empréstimos nos bancos”, destaca.

Guimarães conta que a certeza de que o ano tem exigido uma busca por alternativas de recursos para manutenção das empresas também foi sentida nos atendimentos do NAC. “De abril a junho, as consultas sobre linhas de crédito disponíveis e dúvidas de como acessá-las já tinham aumentado 65% em relação ao que foi registrado em todo o ano de 2019”, conta.

A busca por informações no NAC é consequência principalmente do lançamento das linhas de crédito emergenciais pelo Governo Federal, como o Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese), ambas já encerradas. “Os valores liberados para capital de giro foram destinados para quitação de despesas básicas de manutenção, fornecedores e, principalmente, para folha de pagamento, até que as atividades retomassem o ritmo normal. Elas foram fundamentais para preservar os empregos durante o período mais crítico da pandemia”, avalia.

Segundo dados do Governo Federal, quase 476 mil empresas foram contempladas pelo Pronampe no Brasil, sendo que aproximadamente 45 mil têm sede no Paraná. O estado ficou com quase R$ 3 bilhões do total de 32,8 bilhões liberados nesta linha. Já o Pese atendeu 128 mil empresas no país, com R$ 6,9 bilhões em créditos. Mais de 10.700 empresas paranaenses foram contempladas, somando R$ 567 milhões em recursos emergenciais no estado.

Para o especialista, a liberação de crédito por meio dessas linhas emergenciais, somada a outras medidas adotadas no início da pandemia, como a redução e suspensão temporária de contratos de trabalho, por meio do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (Bem), permitiram que as empresas ganhassem fôlego. “Ainda falta crédito no mercado. Porém, há algumas linhas para empresas que continuam em vigor e existe a expectativa de novas rodadas dos programas de crédito emergenciais”, conclui.

Patrícia Gomes/Asimp

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