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Regulação do fluxo de clientes é fundamental na adequação do funcionamento destes pequenos negócios

O varejo alimentar de autosserviço, que inclui mercearias, minimercados e supermercados também foi diretamente afetado pelo avanço do novo coronavírus. Além dos impactos econômicos, a pandemia provocou uma série de rupturas em padrões de rotina e comportamento do consumidor, em virtude das medidas de prevenção da Covid-19. Com a reabertura gradual da economia, que começa a ser observada em alguns estados do país, os empreendedores precisam estar preparados não só para atender às novas exigências das autoridades de saúde, mas para atender aos clientes que mudaram a forma de consumir produtos e serviços.

Diante deste novo contexto e da circulação social, o Sebrae elaborou um conjunto de protocolos de 14 macrossetores com o objetivo de orientar os donos de pequenos negócios na readequação e funcionamento das lojas físicas e do atendimento presencial aos clientes. Reconhecendo que a liberação do funcionamento dos estabelecimentos depende, fundamentalmente, das condições específicas de cada localidade, o Sebrae recomenda que a primeira preocupação dos empresários seja a de acompanhar de perto os decretos e demais regulamentos vigentes na sua região e caso, exista divergência de informações entre as medidas estaduais e municipais, opte por seguir a orientação mais rígida.

O Sebrae defende que, para adequação das atividades, é fundamental o controle de segurança e higiene tanto para a equipe de colaboradores e fornecedores, quanto para os clientes. A consultora do Sebrae/PR, Jocelei Fiorentin, diz que a instituição tem organizado diversas ações para orientar os empresários do setor em relação ao comportamento dos consumidores. As capacitações, segundo ela, abordam como o cliente espera ser atendido nas lojas. “É um segmento que não parou e precisou se reajustar rapidamente durante a pandemia”, pondera.

Jocelei explica que o Sebrae/PR também tem orientado os donos de mercados e mercearias a implementar ações para vender mais. “Esse foi um dos poucos segmentos que cresceram na crise”, avalia. Apesar disso, os empresários do varejo alimentar de autosserviço precisaram adequar as equipes e funções dentro da loja para a garantir a segurança de clientes, colaboradores e fornecedores. Por meio dos canais digitais, o Sebrae criou uma programação de conteúdos semanais e atua para implantar o modelo Disney de experiência ao cliente nos supermercados.

O supermercadista e diretor da Rede Forte Supermercados, Diego Algeri, de Pranchita, sudoeste do Paraná, conta que uma série de medidas de segurança foram adotadas na sua loja desde o início da pandemia. Equipamentos de proteção individual para os colaboradores, álcool em gel em todos os caixas e também na entrada do supermercado, padaria, açougue passaram a fazer parte da rotina. Higienização de carrinhos e cestas de compras com álcool 70%, controle do fluxo de pessoas também estão entre as medidas de segurança.

“No início, permitíamos a entrada de apenas uma pessoa da família e não entravam crianças e nem idosos”, lembra. Hoje, essas regras já estão mais flexíveis, por conta do baixo número de casos da doença no município. Mesmo assim, o acesso à loja só é permitido com o uso de máscara. “Tivemos casos pontuais de pessoas que se recusaram a usar máscara”, lamenta. Para atender a demanda, o empresário diz que intensificou a venda de produtos pelo WhatsApp. “Temos uma funcionária exclusiva para atender as ligações e listas de compras. Entregamos em casa com segurança”, afirma.

Controle do fluxo de clientes

Neste período de retorno de várias atividades, a regulação do fluxo de clientes tanto nas áreas de vendas como nas áreas externas dos estabelecimentos do varejo de alimentos é fundamental. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados, recomenda-se a permanência de uma pessoa por 12m² de área de vendas, ou seja, se sua loja possuir 1.200 m² de área de vendas, ela poderá manter até 100 clientes em circulação. A área externa da loja também deve ser organizada para a manutenção do distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas. Fique atento também às determinações dos decretos estaduais ou municipais em relação a essa medida.

Sebrae criou um "Protocolo de Retomada" específico para mercearias, minimercados e supermercados. 

Para apoiar os donos de mercearias, minimercados e supermercados, o Sebrae elaborou um “Protocolo de Retomada” específico para o segmento. Confira, abaixo, algumas recomendações e orientações e, no link, o protocolo completo criado para o setor. 

Orientações gerais de higiene e saúde

Todos os colaboradores devem adotar procedimentos contínuos de higienização das mãos e terem a temperatura monitorada diariamente.

Os operadores de caixa devem higienizar as mãos após a finalização de cada atendimento e limpar esteira do caixa, máquina de cartão e balança de pesagem.

Sempre que houver troca nos postos de trabalho, recomenda-se a higienização de mobiliário e equipamentos.

Mapeie os principais pontos de contato das pessoas dentro da loja para que a rotina higienização seja reforçada, principalmente em sanitários e vestiários.

Carrinhos e cestas de compra devem ser higienizados com frequência.

Quanto ao uso das máscaras, orienta-se o descarte em lixeiras com pedal e tampa, além do recolhimento por empresas de coleta de produtos contamináveis.

Orientações para o local de trabalho

- Organize uma área de chegada para os colaboradores e disponibilize meios para higienização das mãos e das solas dos sapatos.

- Providencie a instalação de barreira física transparente nos caixas e nas balanças de pesagem.

- Reforce a limpeza de pontos de grande contato, como puxadores de freezers, geladeiras, balcões refrigerados, caixas eletrônicos, terminais de pagamento, balcões.

- Suspenda as ações de degustação nas lojas.

- Nos setores como estoque e áreas de processamento de alimentos é importante disponibilizar pias ou ampliar a quantidade de dispensadores com sanitizante.

- Avalie a possiblidade de ampliar a prática do autosserviço de itens perecíveis evitando manipulações desnecessárias.

Orientações para atendimento a clientes

- Realize ações para conscientizar o consumidor sobre a necessidade de evitar aglomerações e oriente sobre medidas de prevenção.

- Recomende que apenas uma pessoa da família, de preferência que não pertença ao grupo de risco, realize as compras.

- Disponibilize canais de atendimento remoto para que os idosos possam receber as compras em casa.

- Amplie a quantidade de caixas preferenciais. Se possível, estabeleça horários diferentes para o atendimento ao público prioritário.

- Realize o controle da entrada e saída dos clientes, se possível, organizando uma área com álcool em gel 70% ou tapete com desinfetante para higienização das mãos e solas dos sapatos.

- Faça marcações no piso da loja em áreas que há concentração de pessoas, como caixa, seção de frutas, legumes e verduras (FLV), padaria, açougue, frios, entre outras.

Asimp/Sebrae

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